O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (14) em queda de 1,26%, cotado a R$ 5,696, atingindo o menor patamar desde 7 de novembro de 2024, quando fechou a R$ 5,68. Na semana, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 1,67%. O movimento foi influenciado pela reação dos investidores à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas recíprocas a países que exportam para os EUA.
Trump criticou as tarifas aplicadas por outros países sobre produtos norte-americanos e citou especificamente o Brasil. Segundo ele, o etanol dos Estados Unidos é taxado em 18% pelo governo brasileiro, enquanto a tarifa sobre o produto brasileiro nos EUA é de apenas 2,5%. A medida, no entanto, ainda não entrou em vigor, o que contribuiu para um certo alívio no mercado financeiro.
No cenário interno, uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta tarde, mostrou a maior queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seus três mandatos. A popularidade do petista caiu de 35% para 24% nos últimos dois meses, enquanto a reprovação subiu de 34% para 41%. O percentual dos que consideram seu governo regular passou de 29% para 32%. Parte do mercado financeiro interpreta esses números como um indício de que Lula pode optar por não disputar a reeleição em 2026.
Com esse pano de fundo, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou o pregão em alta de 2,70%, alcançando os 128.218 pontos. O movimento positivo reflete a reação do mercado ao esfriamento das tensões comerciais com os EUA e à leitura dos investidores sobre o cenário político nacional.
GAZETA BRASIL