A Petrobras anunciou na sexta-feira (14) a identificação de uma nova acumulação de petróleo na zona inferior ao reservatório principal do campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. A descoberta foi feita a partir de testes realizados a uma profundidade de 5.600 metros.
Segundo a estatal, a inspeção utilizou perfis elétricos gerados por uma sonda introduzida em uma nova perfuração, permitindo a análise das características geológicas e hidrológicas do local. O material coletado ainda passará por exames laboratoriais para melhor caracterização dos reservatórios de petróleo.
O poço está situado a 189 km da costa do Rio de Janeiro, em uma área com profundidade d’água de 1.940 metros. A confirmação da presença de petróleo reforça o potencial produtivo do pré-sal no campo de Búzios, que tem sido uma das áreas mais promissoras para exploração de hidrocarbonetos no Brasil.
O Consórcio da Jazida Compartilhada de Búzios, liderado pela Petrobras (88,98%) e formado também pelas empresas chinesas CNOOC (7,34%) e CNPC (3,67%), com a gestão da PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.), continuará as análises dos resultados para definir os próximos passos das atividades na região.
Paralelamente, a Petrobras informou que o FPSO Almirante Tamandaré (Búzios 7) iniciou sua produção no campo de Búzios. A unidade, que é a primeira de alta capacidade instalada no campo, tem potencial para produzir até 225 mil barris de óleo por dia e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás diariamente. Este é o sexto sistema de produção de Búzios e contribuirá para que o campo alcance a meta de produção de 1 milhão de barris de óleo por dia até o segundo semestre de 2025.
“A capacidade média das plataformas no mundo fica em torno de 150 mil barris diários de óleo e compressão de 10 milhões de m³ de gás. Com o Almirante Tamandaré, estamos alcançando um outro patamar de produtividade, que só é possível em campos como o de Búzios. Além da alta capacidade, agregamos configurações que possibilitam mais eficiência e tecnologias de descarbonização”, declarou Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras.
Em breve, espera-se que o campo de Búzios se torne o maior campo de produção da Petrobras. “É altamente produtivo, com reservas substanciais de petróleo leve. Até 2030, nossa expectativa é de superar o marco de 1,5 milhões de barris de produção por dia”, explicou Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras.
A unidade foi afretada junto à SBM Offshore e conta com tecnologias de descarbonização, como o flare fechado, que contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Também há tecnologias para aproveitamento de calor, que reduzem a demanda de energia adicional para a unidade.
O consórcio de Búzios é composto pela Petrobras (operadora) e as empresas parceiras chinesas CNOOC, CNODC e a PPSA, empresa gestora dos contratos de partilha da produção.
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