Neste sábado (16), um adolescente de 14 anos morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas depois que um homem realizou um ataque aleatório com faca na cidade de Villach, no sul da Áustria. O suspeito, um solicitante de asilo sírio de 23 anos, foi preso após uma grande operação policial na praça central da cidade.
Imagens do momento da prisão mostram o suspeito sorrindo e erguendo o dedo índice enquanto é cercado por policiais armados.
Segundo a polícia, um homem de 42 anos, que trabalha como entregador de alimentos, testemunhou o ataque de dentro de seu carro e dirigiu em direção ao agressor para tentar impedir que a situação piorasse. “Ele ajudou a evitar um desastre ainda maior”, afirmou o porta-voz da polícia, Rainer Dionisio, à emissora pública austríaca ORF.
As autoridades ainda investigam se o suspeito agiu sozinho ou se teve cúmplices. A polícia também avalia a possibilidade de se tratar de um ataque terrorista.
O governador regional, Peter Kaiser, descreveu o ocorrido como “uma atrocidade inimaginável”.
Ataque na Alemanha deixa duas mortas e dezenas de feridos
O caso na Áustria ocorre um dia depois de um possível ataque terrorista em Munique, na Alemanha. Uma mulher de 37 anos e sua filha de dois anos morreram após serem atropeladas por um Mini Cooper que avançou contra uma multidão.
O condutor, um solicitante de asilo afegão de 24 anos, teria acelerado o veículo e atingido cerca de 1.500 manifestantes do sindicato alemão Verdi na rua Seidlstrasse, na quinta-feira. Ao todo, 39 pessoas ficaram feridas no “ataque chocante”, segundo as autoridades locais.
O incidente aconteceu poucas horas antes do início da Conferência de Segurança de Munique, que contou com a presença do vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, e do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A polícia informou que o suspeito, identificado pelo site de notícias Spiegel como Farhad Noori, é natural de Cabul e já era conhecido pelas autoridades por envolvimento com drogas e furtos. Antes do ataque, ele teria publicado conteúdo extremista em redes sociais.
As autoridades alemãs investigam o caso, mas afirmam que não há indícios de ligação entre o ataque e a Conferência de Segurança de Munique.
GAZETA BRASIL