Um levantamento realizado pelo Instituto Quaest apontou como diferentes faixas de renda se posicionam politicamente no Brasil. A pesquisa, feita com duas mil pessoas em todo o país no ano passado, revelou que o eleitorado das classes baixa, média e alta apresenta preferências distintas, refletindo uma divisão política significativa. A margem de erro varia de três a quatro pontos percentuais, dependendo do grupo analisado.
Na classe baixa, a maior identificação política foi com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, 28% dos entrevistados se declararam “Lulistas/Petistas”, enquanto 11% se consideram de esquerda, mas sem vínculo com o partido. A falta de definição política também é expressiva, com 31% afirmando não ter posicionamento. Já 14% disseram se alinhar à direita, mas sem relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto 9% se identificaram como “Bolsonaristas”.
Na classe média, a divisão é mais equilibrada. Os “Lulistas/Petistas” somam 16%, e outros 15% se consideram de esquerda sem relação com o PT. O maior grupo, no entanto, é o dos indecisos, com 32% sem um posicionamento definido. Já a direita alcança 34% quando somados os 22% que se consideram à direita, mas sem ligação com Bolsonaro, e os 12% que se declararam “Bolsonaristas”.
Entre os entrevistados da classe alta, a identificação com Lula foi a menor entre as três categorias, com apenas 12% se dizendo “Lulistas/Petistas”. Enquanto isso, os “Bolsonaristas” foram 14%, configurando um empate técnico. O grupo com tendência à direita é o mais expressivo, com 29%, e 27% dos entrevistados afirmaram não ter posição política definida.
GAZETA BRASIL