Para falar sobre o período de transição para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sobre o nono dia consecutivo de manifestações que rejeitam o resultado das urnas, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o deputado Giovani Cherini (PL). Ao falar sobre sua postura no novo governo, o parlamentar defendeu que será oposição, mas não vai deixar de votar em pautas importantes para o Brasil, como o auxílio de R$ 600. Em comparação, Cherini criticou a bancada do PT durante o governo de Jair Bolsonaro (PL): “O PT fez uma oposição na Câmara nestes 4 anos a oposição mais burra que eu já vi na vida. Era oposição ao Brasil, o que eu não defendo no PL. Defendo que faça oposição ao governo, e não ao Brasil. O PT passou 4 anos torcendo que o país quebrasse para eles voltarem ao poder”. O político também fez declarações favoráveis às manifestações que contestam o resultado das urnas e criticou a postura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Todo protesto é que nem CPI, a gente sabe como começa e não sabe como termina. Esse é um protesto voluntário, não tem ninguém, não tem um deputado lá instigando, não tem o presidente da República Jair Bolsonaro instigando, não tem ninguém. São protestos de indignação. Agora, é fácil resolver. É só o Tribunal Superior Eleitoral vir a público dizer e explicar todas essas questões que estão correndo nas redes, de município que teve mais votos que os habitantes, se isso é verdade, ou não é verdade. Eu acho que é possível que a gente possa acalmar a população. A verdade é essa, nós precisamos que o TSE dê abertura para que nós possamos discutir e que não chame de criminoso quem duvida do resultado da eleição, não chame de criminoso aqueles que querem transparência. Isso é uma perseguição”, analisou.
A respeito das propostas da equipe de Lula para o Congresso Nacional, em especial da alocação de recursos bilionários para cumprimento das promessas de campanha, como o Bolsa Família de R$ 600, Cherini declarou ser totalmente contra qualquer tipo de interferência no teto de gastos: “Todo cidadão brasileiro tem que viver de acordo com o que ele ganha e não gastando mais daquilo que ele ganha. Se ele fizer isso, ele vai para a conta dos endividados. O Brasil está fazendo isso desde o governo Temer, o que eu ajudei a aprovar. Aí cabe à competência de quem se elegeu. Faz a reforma administrativa, faz privatizações. Não vem com discurso de retornar a reforma da previdência para trás. Trabalhar com o dinheiro dos outros é fácil. Furar o teto de gastos é o fim, é o início da grande inflação no Brasil. Não podemos admitir o furo do teto de gastos. Que usem a criatividade. Apresentem um projeto de reforma administrativa para diminuir a despesa do Estado, diminuir a despesa da máquina pública”.
O parlamentar também deu alguns direcionamentos de como deve agir a oposição ao governo Lula: “Primeiro, é não deixar eles fazerem tudo que imaginam que vão fazer, um deles eu disse, que é furar o teto de gastos. Cuidar a questão da economia. A outra coisa é nós utilizarmos todos os mecanismos que eles utilizaram, quem sabe indo no STF também quando nós perdermos alguma votação na Câmara. Porque eles passaram os últimos quatro anos fazendo isso. Quem sabe o STF mude de lado e possa entender que o país não pode, de jeito nenhum, amargar mandando recursos para Venezuela e para Cuba, mandando recursos para outros países. Não pode amargar a corrupção nas empresas estatais”.
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