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União Europeia planeja reconstruir Ucrânia com ativos russos congelados e reitera apoio à adesão do país ao bloco


Os principais líderes da União Europeia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, se reuniram com Volodymyr Zelensky em Kiev nesta sexta-feira, 3, e afirmaram que pretendem reconstruir a Ucrânia com ativos russos congelados. “A UE intensificará seus esforços para usar ativos congelados da Rússia para apoiar os propósitos de construção e reparação da Ucrânia, de acordo com o direito europeu e o direito internacional”, disseram em uma declaração os líderes da União Europeia, durante uma cúpula em Kiev com o presidente ucraniano. Eles também voltaram a expressar apoio ao processo de adesão da Ucrânia. “Nós os apoiaremos em cada passo do caminho em sua jornada para a UE”, escreveu Michel no Twitter. Em resposta ao posicionamento dos líderes da UE, Zelenksy afirmou que seu país não perderá “nem um único dia” para avançar rumo a uma adesão. “Nosso objetivo é absolutamente claro: iniciar as negociações sobre a adesão da Ucrânia”, afirmou no Telegram, ao publicar um vídeo da chegada dos líderes europeus à cúpula. “Não vamos perder um único dia do nosso trabalho para aproximar a Ucrânia da UE”, frisou.

A reunião entre Zelensky, Von der Leyen e Michel acontece em um momento em que a Rússia intensifica a ofensiva no leste da ex-república soviética. Após uma série reveses humilhantes nos últimos meses, o Kremlin mobilizou centenas de milhares de reservistas e aumentou os ataques terrestres, em particular no leste do país. As forças russas registraram algumas vitórias no campo de batalha ao redor de Bakhmut, uma localidade que tentam conquistar há mais de seis meses. O primeiro aniversário do conflito se aproxima e a Ucrânia teme que Moscou esteja preparando um novo ataque de grandes dimensões. “A Rússia está concentrando suas força, todos sabemos. Quer se vingar da Ucrânia e também da Europa”, afirmou Zelensky. Von der Leyen afirmou que a UE trabalha em novas sanções contra a Rússia para 24 de fevereiro, quando a invasão completa um ano. Ela não revelou detalhes dos planos para o 10º pacote de sanções, mas afirmou que Moscou deve “pagar pela destruição que provocou”. Ela disse que as sanções adotadas até o momento provocaram um retrocesso da economia russa de “uma geração”. E destacou que o teto ao preço das exportações de petróleo russo a 60 dólares o barril custa a Moscou 160 milhões de euros (174 milhões de dólares) por dia.

*Com informações da AFP

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