Centenas de professores protestaram nesta terça-feira (3), no Centro do Rio de Janeiro, contra a votação do Projeto de Lei Complementar 186/24, que propõe mudanças nos benefícios da categoria. A mobilização, organizada por profissionais da educação, começou com uma marcha da Candelária até a Câmara de Vereadores, onde o projeto seria discutido em primeira votação.
O texto em pauta aborda questões sensíveis, como a carga horária dos professores, o fim da licença especial e alterações no período de férias, entre outros pontos que afetam diretamente a categoria.
Enquanto professores ocupavam as galerias da Câmara entoando críticas ao legislativo — “A verdade é dura. Essa Casa é puxadinho da Prefeitura” —, um grupo do lado de fora enfrentava a Polícia Militar (PM) em um confronto marcado pelo uso de bombas de gás e spray de pimenta.
Por volta das 16h, a situação ficou tensa quando bombas de gás foram detonadas nas proximidades da Câmara, provocando correria entre os manifestantes. Alguns professores conseguiram acessar o plenário e protestaram contra a presença de possíveis agentes da PM à paisana.
De acordo com a Câmara Municipal, havia um acordo prévio para que os professores entrassem individualmente, respeitando o limite de ocupação das galerias. Contudo, a tentativa de um grupo de forçar a entrada teria motivado a ação policial.
Em nota, o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe) lamentou a repressão, afirmando que havia um entendimento prévio para permitir a entrada de até 50 manifestantes.
A PM informou que equipes do 5º BPM, do Rondas Especiais e Controle de Multidões (RECOM) e do Batalhão de Polícia de Choque atuaram para conter tumultos na manifestação.
Por volta das 18h, um novo tumulto foi registrado, intensificando o clima de tensão na região.
GAZETA BRASIL