O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou neste domingo (15) a prisão do general Walter Braga Netto, ex-vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, durante uma coletiva de imprensa após receber alta médica do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Braga Netto foi preso por supostamente tentar obstruir as investigações sobre uma trama golpista que envolvia sequestro e morte de autoridades.
“Eu vou demonstrar pra vocês que eu tenho mais paciência e sou um democrata. Eu acho que ele tem todo o direito à presunção de inocência. O que eu não tive eu quero que eles tenham: todo o direito e todo o respeito para que a lei seja cumprida”, afirmou Lula.
“Se esses caras fizeram o que tentaram fazer, eles terão que ser punidos severamente. Esse país teve gente que fez 10% do que eles fizeram e foi morto na cadeia”, disse Lula.
Lula também destacou que não é possível o país aceitar o desrespeito à Democracia, o desrespeito à Constituição, e “admitir que, num país generoso como o Brasil, a gente tenha gente de alta graduação militar tramando a morte do presidente da República, tramando a morte do seu vice e tramando a morte do juiz que era presidente da suprema corte eleitoral”.
O presidente da República afirmou ainda que está voltando ao trabalho “com muita tranquilidade” e que tem muito trabalho a fazer, tem “compromisso com o país e com o povo brasileiro” e pretende deixar a presidência do mesmo jeito que deixou em 2010, “de cabeça erguida, consciente que esse país estará muito melhor”.
Antes de comentar a prisão de Braga Netto, Lula afirmou que pegou o Brasil “desmontado”, porque não houve governo de 2019 a 2022. “O Brasil teve uma praga de gafanhoto, que resolveu destruir os valores deste país, a Democracia, o respeito às instituições, à governabilidade deste país”.
GAZETA BRASIL