O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6) que a primeira reunião do ano com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve como foco principal o Orçamento de 2025. Durante o encontro, o ministro negou rumores de que o governo estivesse considerando aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como medida para conter a saída de dólares do Brasil.
Questionado sobre possíveis novas ações para conter os gastos públicos, Haddad foi direto: “Não conversamos sobre isso. Conversamos sobre outros temas, mais um planejamento para o ano, questão do orçamento, que precisa ser votado”, disse ele, em entrevista coletiva no Ministério da Fazenda.
O ministro também comentou a recente oscilação do dólar, que tem apresentado queda. Segundo Haddad, esse movimento é natural, principalmente após o "estresse" global e no Brasil no final do ano passado. “A questão do dólar, a gente precisa entender isso, como uma coisa que tem um processo de acomodação natural. E nós tivemos um estresse no final do ano passado no mundo todo. Tivemos aqui um estresse também, no Brasil”, afirmou.
Haddad citou ainda declarações recentes do presidente eleito dos Estados Unidos, que moderou algumas propostas feitas durante a campanha, o que ele acredita também ter contribuído para a queda do dólar. “É natural que as coisas se acomodem”, completou.
Sobre a especulação de que o governo poderia alterar o regime cambial ou aumentar impostos para controlar a saída de dólares, o ministro foi categórico: “Não existe discussão de mudar o regime cambial no Brasil. Nem de aumentar imposto com esse objetivo”, reforçou Haddad, descartando qualquer possibilidade de aumento do IOF para enfrentar a atual situação cambial.
GAZETA BRASIL