O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 200 milhões, com recursos do Fundo Clima, para a Eve Air Mobility (Eve), subsidiária da Embraer. O montante será destinado ao desenvolvimento dos próximos protótipos do carro voador eVTOL, além de sua fabricação comercial.
Em outubro, o Banco já havia autorizado R$ 500 milhões para a construção da unidade de produção da empresa em Taubaté (SP), com recursos do programa BNDES Mais Inovação. Esse fundo também será utilizado para a campanha de testes necessários para a certificação do veículo.
Johann Bordais, CEO da Eve, ressaltou que o apoio contínuo do BNDES é essencial para o avanço do programa de eVTOL, especialmente na transição do desenvolvimento do protótipo para a certificação e produção. Segundo ele, o financiamento fortalece a posição financeira da empresa e oferece os recursos necessários para alcançar marcos importantes, como a certificação e a comercialização do eVTOL. Eduardo Couto, CFO da Eve, acrescentou que o investimento representa um voto de confiança na visão da empresa e consolida sua liderança no mercado de mobilidade aérea urbana. Ele destacou a gestão de capital disciplinada da empresa e a base financeira robusta, que proporcionam a estabilidade necessária para executar o plano estratégico de longo prazo, com o objetivo de gerar valor sustentável para os acionistas.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o Banco foi crucial para a instalação da fábrica do carro voador em Taubaté, garantindo a criação de empregos de qualidade na região do Vale do Paraíba. Ele também destacou que, além de apoiar um projeto inovador, o BNDES está investindo em uma indústria de tecnologia disruptiva e sustentável, contribuindo para o fortalecimento da indústria nacional e a transição energética. Até o momento, o Banco aprovou R$ 700 milhões para o projeto do carro voador.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou recentemente os critérios finais de aeronavegabilidade para o eVTOL da Eve, permitindo que a empresa continue com a definição dos meios de conformidade necessários para a certificação. O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, explicou que o projeto se enquadra na modalidade Indústria Verde do Fundo Clima, que visa investimentos em tecnologia para descarbonização, redução de emissões de gases de efeito estufa e melhoria na qualidade de vida. Ele também destacou que o projeto está alinhado à nova política industrial do Governo Federal.
O Fundo Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, é um instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima. Seu objetivo é garantir recursos para apoiar empreendimentos, aquisição de equipamentos e desenvolvimento tecnológico voltados à redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e à adaptação às mudanças climáticas.
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